Hoje recebi a indicação de um texto publicado no campo da medicina sobre a questão do aborto de bebês deficiente ou cujos pais não desejem. Pensei com meus botões: ‘a tendência é SEMPRE piorar, tá escrito!!!’. Primeiro se legaliza o aborto de anencéfalos, depois se legaliza qualquer aborto, depois legaliza até a morte de bebês deficientes ou indesejados. O feedback do meu cérebro foram 2:
1 – Lembrei-me das aulas do curso de pedagogia da UFPE em que minha professora relatava um pouco da situação das crianças no Brasil colonial. As negras e deficientes eram consideradas pela Igreja como sem alma, logo, impossibilitadas de receberem educação.
2 – Lembrei-me que não é do Brasil Colônia que se considera os deficientes como ‘sem alma’, é mesmo até dos tempos que Jesus estava na terra como Homem, a sociedade associava a deficiência ao pecado. João 9.1-3 diz: “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou os seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”.
Conclusão: o anencéfalo é deficiente (é bem diferente de morte cerebral, como um amigo meu questionou) e não cabe a homens querer ceifar a vida que Deus deu a seja lá quem for. Se admitirmos isso, devemos admitir a morte de down’s, de idosos e outros deficientes que não podem contribuir ativamente para a sociedade, como pensava Hitler.
#reflitam
Posso fazer uma rápida correção? Eu definitivamente não sou católico (o meu blog sobre arminianismo deixa bem claro, hehe!), mas tenho algumas coisas a falar a favor da ICAR:
1 – Eles não consideravam os negros como ‘seres sem alma’. Tanto é verdade que há uma quantidade expressiva de santos negros (na miríade de santos da ICAR).
2 – As igrejas e capelas católicas recebiam pessoas que não tinham condições e os ensinavam de bom grado. Entre elas, negros. Tanto é verdade que Machado de Assis, mulatão bem apessoado que era, foi ensinado por um padre.
E esse papo de ‘negros sem alma’ é pura balela. Eu posso não concordar com muita coisa da teologia católica, mas concordo menos ainda com mentiras (ou enganos, o que deve ter sido seu caso).
No mais, o texto se salva. Muito bom!
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Grata por sua contribuição, ‘crédulo’…
Como relatei no post, esse dado foi de alguns estudos sobre a Educação no Séc. XVIII no Brasil… talvez n fosse uma questão generalizada… não sei… mas foi isso que li e ouvi em algumas aulas… mas sempre bom novos esclarecimentos.
Volte sempre.
Anna
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Claro, há exceções, mas é bom esclarecer de vez em quando, sabe? Anyway, sim, vou favoritar seu blog! 😛
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À vontade! Seja bem vindo!
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Duro é que há pseudocristãos defensores do aborto. E não é apenas dos anencéfalos ou vítimas de outras deformações, não… 😦
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