E naquela velha e boa mania, aqui estou para compartilhar com vocês as maravilhosas lições aprendidas na XI Conferência FIEL Jovens (a minha 6ª participação), cujo tema central foi “Eu sou mesmo um Cristão?”.
E no chá de cadeira que a GOL está me dando, senta comigo, toma uma xícara de café (capuccino ou chocolate quente, para os chiques) e bora pensar, refletir e respirar da Verdade, que é Cristo.
Foram 04 (quatro) preletores que direcionaram as reflexões sobre o tema proposto e, embora tenham alternado nas preleções, farei a síntese num estilo José de Alencar (em seu clássico literário “Senhora” ele conta a história pelo final, depois volta pro início, pra que eu leitor faça a cronologia mentalmente), rsrsrs, isto é, organizando as anotações aleatórias de forma linear. Abaixo uma humilde síntese de tudo que foi explanado ali. Espero que sirva para edificação de todos, como o foi para mim:
Você é um cristão? [Mike Mckinley]
Tantas vezes somos expostos a essa pergunta e na maioria delas, respondemos ‘sim’ de uma forma tão mecânica, sem nos apercebermos das reais implicações de sermos ou não um cristão. Por exemplo: quem pergunta, geralmente está nos avaliando, então, tudo que vivemos para o indagador até responder à pergunta, foi de acordo com o fato de que somos, mesmos, cristãos?
Na ótica de Cristo, ser cristão é ser discípulo dEle, andar como Ele andou, ainda que para isso seja preciso renunciar coisas deste mundo (como família, prazeres, status…). Ele nos diz o que é ser cristão em Lucas 14.26, 27 e 33: ser discípulo.
Já na visão dos apóstolos (não que isto anule a de Cristo, na verdade, complementa), ser cristão é viver uma vida de obediência à Sua vontade, à sua Lei. Um cristão genuíno peca (porque a natureza pecaminosa ainda está nele), porém, não vive na prática do pecado, isto é, não ama o pecado e nem se deleita nele. Podemos observar isso em 1 João 3.5-9.
É interessante notar que por Mateus 28.18-20, ‘fazer discípulos’ está intimamente ligado ao crer (a fé), enquanto que viver uma vida de obediência conecta ao ‘ensinando-os a guardar’. Neste caso, poderíamos inferir que ser cristão é crer e observar, na visão poética ou, crer e praticar, na visão de Tiago.
Sendo um cristão, a nossa vida deve transparecer evidências desse cristianismo. E estas são: (a) crença na verdadeira doutrina – para isso é preciso estar cheio do Espírito Santo (cheio da Palavra) para saber discernir entre o que é mensagem de Deus e o que é invenção humana; (b) ódio pelo pecado em sua vida – se amamos algo, precisamos odiar o oposto a isso. Então é preciso amar a Lei de Deus e viver uma vida que seja coerente ao que ela exige. Quanto mais próximo de Cristo e da Sua Lei, mais ojeriza ao pecado teremos. Interessante que amando a Cristo e sua Lei, a santificação nos leva a cumprir esta lei em obediência e satisfação e não mais como uma imposição, como se por ela alcançássemos alguma coisa; (c) perseverança na fé – agora alcançado pela graça de Deus, é preciso perseverar na doutrina, andar como Ele andou, insistir em obedecer, ainda que a velha natureza lute contra isso, a nova natureza precisa ser insistente em perseverar; (d) amor a outras pessoas – se somos cristãos, Deus reflete em nós e João disse que Deus é amor, então devemos ser puro amor para com os necessitados (quem ama, demonstra em prática, abre o bolso para ajudar quem precisa… abrir o bolso para ajudar, deixando a avareza, é um dos mais belos sinais de amor ao necessitado), para com o próximo (principalmente os da família da fé, como diria Gálatas 6.10) e aos inimigos (essa deve ser a parte mais difícil, rsrsrs… mas uma boa é lembrar-se de Lucas 6.27,28, que ensina que devemos amar, fazer o bem, bendizer e orar pelos nossos inimigos. #ficadica); (e) Livres do amor ao mundo – não dá pra ser evidente nas quatro coisas citadas anteriormente e ser conivente com o mundo, amar o que o mundo faz e prega. Quanto mais próximo daquilo que Deus quer de nós, mais livres de amar o mundo nos tornamos.
É claro que não evidenciaremos o cristianismo em nós com perfeição, pois ainda somos pecadores. Mas nisto reside a beleza da Justificação de Cristo em nós e da nossa perseverança em se parecer com Jesus, fazer o que Jesus fazia e descansar nas promessas que Jesus fez. Fomos chamados a isto, até que Ele volta e sejamos glorificados nEle. Aliás, já somos, né (Romanos 8.30)?!
Um cristão genuíno vive uma vida de oração [Franklin Ferreira]
Parecer-se com Jesus, fazer o que Jesus fazia e descansar nas promessas que Jesus fez implica atentar para os ensinamentos que Ele deixou, como a oração descrita em Mateus 6.9-13. Nela aprendemos em primeiro lugar, que a oração nos permite acesso ao glorioso Deus, numa intimidade permitida somente ao Seu povo (Salmo 25 diz que a intimidade de Deus está guardada aos que temem o Seu Nome).
A oração não muda Deus e nem a sua vontade, mas é o instrumento usado por Deus pelo qual Ele cumprirá o seu propósito em nós. Ela deve conter, no mínimo, invocação (reconhecimento da pessoa de Jesus Cristo), petições (reconhecimento do senhorio de Cristo), necessidades (reconhecimento do governo de Cristo em nós) e louvor (reconhecimento do domínio de Cristo sobre tudo).
Vimos que “a oração tem seu ponto de partida em Deus, e isso implica uma relação que encontra dependência, realização e alegria profunda na glória, no reino, na salvação que vem de Deus Pai por meio de Jesus Cristo”, e isto nos leva a rogar confiantemente para que Deus supra tudo que precisamos, para que nos perdoe e nos dê capacidade de perdoar e para que entreguemos nosso futuro a Ele de todo nosso coração. Amém, ou diríamos, assim seja!
Um cristão genuíno que é salvo pela graça, produz frutos desta graça [Sillas Campos]
Aqui vimos que tudo na vida tem uma versão falsa e uma versão real. Até lembrei agora das aulas de física óptica, que a gente aprendia sobre imagem real e imagem virtual, rsrsrs! Assim mesmo acontece com a fé.
Há uma fé falsa e uma fé genuína. O cristão verdadeiro, necessariamente, crê por meio da fé genuína e esta: (a) apresenta inconformidade com o pecado – porque sendo nova criatura, ama mais a Cristo do que os prazeres transitórios dados por este mundo; (b) apresenta uma crescente percepção da divindade de Cristo – quanto mais próximo de Cristo, mas sei quem Ele é e quão Majestoso está, diante da minha pequenez; (c) reconhece a imundície dos seus próprios pecados – sentindo real necessidade de confessá-los e deixá-los; (d) enxerga com clareza a impecabilidade de Cristo – mesmo tendo sido homem e vivido na terra, era também Deus, perfeito em suas obras, veio para cumprir aquilo que deveríamos ter cumprido: obediência; (e) tem certeza da graça salvadora de Cristo e que só Ele pode outorgá-la – não vem de nós, é dom de Deus. Isto é facilmente identificado em Lucas 23:33-43.
Mas agora, reconhecendo a total obra de Cristo em nós, não podemos cruzar os braços e esperar que os outros façam por nós aquilo que nos é responsabilidade fazermos como expressão desta obra dEle em nós. Assim, o cristão genuíno trabalha duro pelo Reino de Deus, ainda que enfrente obstáculos nesta empreitada, porque ele sabe que as dificuldades são, na verdade, oportunidades que devem ser olhadas com perspectivas de fazer prosperar o Reino de Cristo e não desistindo da gloriosa missão de fazer o bem com todo coração, com toda alma e com todo entendimento, para o Senhor e para a glória dEle.
Um cristão genuíno dá flores… [Davi Charles Gomes]
É… a gente sempre acha que não é fácil ser cristão. Eu tenho visto uma campanha que diz “gentileza gera gentileza”. É verdade, até certo ponto… É que o cristão sempre deve dar flores, ainda que isto implique receber açoites, perseguições, afrontas… Mas… Quem tem paciência de dar flores quando recebe agruras?
Só quem reflete a beleza de Cristo, quem anseia para que a beleza de Cristo seja evidente na vida dele. Quem enxerga a beleza de Cristo nas coisas simples da vida, por causa da graça que vem dEle.
Para isto, fuja da sabedoria do mundo, que tem origem terrena, animal e demoníaca. Que resulta em confusão e toda sorte de coisas ruins, alimentando a nossa velha natureza de invejas e sentimentos facciosos. Mas, corra para junto da sabedoria de Deus, que vem do alto, produz obras mediante um condigno proceder de mansidão e sabedoria e que aflora em nossa nova natureza os frutos de justiça que promovem a paz, que é pura, pacífica, indulgente, tratável e plena de misericórdia e boas ações (cf. Tiago 3.13-18).
Quando trilhamos este caminho de uma vida cristã de conformidade com o que cremos, não nos tornamos definidos pelo que fomos ou pelo que somos, mas pelo que estamos sendo formados à imagem e semelhança dAquele que é o corpo, a plenitude e a tudo enche em todas as coisas (Efésios 1.23).
Por tudo isto,
Ser um cristão deve ser evidente em nossa vida, com tudo que falamos, com tudo que somos, com tudo que temos. Assim a fé será vista nas obras, fará sentido.
Quando enveredamos por fazer a vontade de Deus em nossas vidas, fica fácil ser cristão, ainda que sejamos perseguidos e soframos. Porque, se sofremos por sermos cristãos, na verdade é uma grande alegria para nós (como diria 1 Pedro 4.14-16), o que evidencia que deixamos para trás a nossa escravidão do pecado e nos tornamos, cada um, “escravo: rendendo-se ao Senhorio de Cristo”. Ops… Já entrei no tema da XII FIEL Jovens, em 2014. Não fiquem de fora, nos vemos lá!
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